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Como funciona a contabilidade de criptomoedas?

criptomoeda

Uma pesquisa feita pela empresa norte-americana Crypo revelou que o número de proprietários de criptomoedas deve alcançar 1 bilhão de pessoas até o final de 2022 e ainda que, no ano passado, o crescimento na aquisição da moeda digital aumentou 178%.

Por isso, com um mercado recente e ainda em expansão, as criptomoedas tendem a gerar diversas dúvidas entre as pessoas que estão interessadas nesse investimento. Neste artigo iremos explicar os conceitos básicos da moeda digital e sua aplicação na contabilidade.

O que são criptomoedas?

As criptomoedas são um tipo de dinheiro, mas com a diferença de serem totalmente digitais. Outra característica é que elas não são emitidas por nenhum governo, como é o caso do real ou do dólar, por exemplo.

O objetivo da criação das moedas digitais foi disponibilizar uma versão de dinheiro eletrônico para permitir que os pagamentos on-line fossem enviados diretamente de uma parte para outra, sem a intermediação de uma instituição financeira.

Dessa forma, as criptomoedas podem ser usadas com as mesmas finalidades do dinheiro físico. As três principais funções são servir como meio de troca, facilitando as transações comerciais; reserva de valor, para a preservação do poder de compra no futuro; e ainda como unidade de conta, quando os produtos são precificados e o cálculo econômico é realizado em função dela.

Principais moedas digitais

Atualmente o Bitcoin é a moeda digital mais conhecida, mas existem outras disponíveis no mercado. Veja as principais.

  • Bitcoin: primeiro sistema de pagamentos global totalmente descentralizado. Foi desenhado em 2008, em meio à crise financeira global iniciada no mercado americano de hipotecas.
  • Bitcoin Cash: nova versão do Bitcoin original, criada em 2017. Ela foi desenvolvida numa tentativa de aperfeiçoar a primeira moeda, possuindo confirmações de transações de maneira mais rápida e também com taxas mais baixas.
  • Ethereum: semelhante ao Bitcoin, a criação de novas moedas também se baseia no processo de mineração.
  • Tether: lançado em 2014, ele tem lastro em uma moeda física, sendo uma stablecoin. A proposta dessa criptomoeda é de manter uma paridade com o dólar americano. Ou seja, para cada Tether emitido é preciso haver um dólar equivalente em caixa.
  • Ripple: protocolo de pagamento distribuído criado em 2011, cuja moeda é a XRP. Uma característica da plataforma Ripple é suportar na sua rede outros tokens representando moedas tradicionais e até outros bens. 
  • Litecoin: criado em 2011 por um ex-funcionário do Google, ele tem muitas características semelhantes ao Bitcoin. A principal diferença está no processo de mineração, que busca reduzir o tempo necessário para confirmar transações feitas com a moeda.

Como investir em criptomoedas?

Existem algumas formas de investir ou adquirir Bitcoins e outras criptomoedas, as mais conhecidas são: 

  • Minerar;
  • Comprar cotas de fundos de criptomoedas; 
  • Negociar diretamente em uma corretora especializada (também conhecida como exchange);
  • Aceitar moedas digitais como pagamento em algum negócio. 

Quem deseja investir, também deve ter conhecimento sobre a variação do preço das moedas digitais, que muda de acordo com a lei da oferta e da demanda. Portanto, quando as criptomoedas ganham mais atenção, é normal que se amplie o volume de compras e, consequentemente, os preços tendem a subir.

Cenário nacional das criptomoedas

No Brasil, a negociação de compra e venda com criptomoedas deve ser declarada à Receita Federal, justamente por conta de os criptoativos serem avaliados como qualquer outro bem de uma pessoa ou empresa, como um carro ou uma casa, por exemplo.

Do mesmo modo, a Instrução Normativa 1.888/2019 orienta que todas as operações envolvendo moedas digitais por corretoras domiciliadas no território nacional serão informadas pelas próprias empresas, sem nenhum limite de valor para as transações realizadas.

Além disso, o contador é o profissional responsável por atuar diretamente nas questões tributárias envolvendo as criptomoedas. Portanto ele orienta sobre este tipo de investimento, a fim de evitar problemas com a Receita Federal no que diz respeito à escrituração contábil destes ativos e os rendimentos auferidos que devem ser declarados ao fisco.

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