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Sua empresa de fato é inclusiva? Saiba o que é o tokenismo e como evitar

A política de inclusão é uma pauta cada vez mais cobrada das empresas, já que, tanto na visão do público quanto dos potenciais colaboradores, isso se configura como um diferencial competitivo frente ao mercado. Porém, cuidado para não cair na armadilha do tokenismo ao buscar um negócio mais inclusivo.

O tokenismo se refere à uma inclusão unicamente simbólica, que consiste na realização de concessões superficiais de pessoas diversas nas organizações. Esse tipo de prática tem um efeito inverso para a imagem da empresa, causando má impressão frente ao mercado.

Entenda agora sobre como funciona o tokenismo e quais as formas de evitá-lo.

Como funciona o tokenismo?

Martin Luther King foi um dos primeiros a utilizar o termo tokenismo. “A noção de que a integração por meio de tokens vai satisfazer as pessoas é uma ilusão. O negro de hoje tem uma noção nova de quem é”, afirmou o ativista em um artigo publicado em 1962 durante a luta pelos direitos civis.

O conceito acabou migrando para o ambiente corporativo, sendo usado para designar um movimento de falsa inclusão racial. Na prática ocorre quando uma organização ou projeto incorpora um número mínimo de membros de grupos minoritários somente para gerar uma sensação de diversidade ou igualdade. 

Portanto, ao incluir apenas uma mulher, ou uma pessoa negra, pessoa LGBTQIAP+ ou Pessoa com Deficiência (PcD) na empresa, isso não significa que eles estão representando toda a diversidade do grupo a qual pertencem dentro daquela organização, tornando a inclusão apenas superficial.

Como identificar o tokenismo na empresa? 

O principal objetivo dessa prática é fazer com que o token, ou seja, a pessoa colocada na empresa apenas como uma falsa inclusão, vire um ícone de responsabilidade social daquela instituição. 

Alguns comportamentos do negócio denunciam a prática do tokenismo, como os seguintes:

  • Número pequeno de representantes de grupos minoritários;
  • Redução da identidade da pessoa;
  • O token é a pessoa que recebe a função de porta voz do grupo;
  • O colaborador tem limites para opinar.

Da mesma forma, a pessoa que se torna o token ainda enfrenta outros desafios. Por exemplo, menos chances de crescer na carreira, porque o papel de representar um grupo está acima do seu crescimento profissional dentro da firma. Além disso, ela pode sofrer de síndrome do impostor, isolamento social e dificuldade para desenvolver relacionamentos interpessoais com seus colegas.

Qual é a melhor forma para solucionar essa questão?

Como você percebeu o tokenismo, além de ser prejudicial para os grupos que estão sofrendo com a falsa inclusão, ainda é maléfico para o colaborador que é colocado naquela posição. Por isso, as empresas que realmente querem buscar a inclusão precisam fugir dessa prática.

Para mudar esse quadro, as empresas precisam melhorar em três pontos: diversidade; equidade de oportunidades e inclusão. Tudo começa com a equipe de gestão de pessoas, que devem ser treinadas a fim de implementarem ações em prol da inclusão de colaboradores mais diversos 

Isso significa buscar diversidade no tocante a idade, identidade de gênero, deficiência, raça e etnia, orientação sexual, entre outras. E, além de realizar as contratações, também é preciso ouvir essas pessoas para criar um ambiente mais inclusivo, onde todos se sintam ouvidos e acolhidos, além de desfrutarem das mesmas oportunidades de crescimento na empresa.

Fuja da armadilha do tokenismo se quiser uma organização mais inclusiva e coloque em prática verdadeiras ações voltadas para a diversidade e a inclusão.